quarta-feira, dezembro 26, 2007

Curvas do teu corpo


São assim, as curvas do teu corpo.
De harmonia quente que embala o meu.
Não és gente, és delírio, és quimera
Som que me transporta, razão do meu viver

Se a mim te aperto, te prendo
meu ser, minha voz, meu canto,
É porque sem ti não existo,
És vício e razão do meu pranto

Doce é a tua melodia de encanto
Tímida a minha mão que te toca
Meus dedos que te delineiam,
Que te fazem soar num eterno devaneio

São elas a minha mais doce loucura
Meus medos, minhas paixões, minha agrura
Pois sem elas não vivo, não durmo, não como
Morro tristemente num silêncio que perdura

São meus dias, meus desejos e sonhos
Minha astenia, minha ausência de querer
Mas que amor és tu que me fazes enlouquecer?
Sem ti, minha música, um desejo somente: morrer.